segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Continuar sonhando..."

Arquivo pessoal. Parque Estadual Restinga de Bertioga. SP. 27/02/11

"Se estás comigo vou continuar sonhando
Mesmo que às vezes eu precise estar chorando
Minha esperança está em ti
Guardo o meu coração em ti
Todas as minhas fontes estão sempre em ti
Um dia eu te conheci
E aprendi a esperar
Que cada sonho tem seu tempo de chegar
Eu só preciso ter em mim
O teu Espírito e assim
Não há limite aonde a fé me levará".

Sérgio Lopes.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Tempo de deixar ir...


Hoje, acordei PENSANDO ALTO... Estava meditando nas palavras de uma pessoa que pregou outro dia na igreja... Ele falou algo sobre "Tera tem que morrer, Ló tem que partir, para que a promessa possa nascer". Pensei algumas coisas sobre isso. O Espírito Santo foi ajudando-me a entender certas coisas...

Tera foi o pai do patriarca Abrãao. A Bíblia relata no livro da gênese sobre Tera:

"E viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã.
E estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló.
E morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.
E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.
E Sarai foi estéril, não tinha filhos.
E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali.
E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harã." Gênesis 11. 26-32.

Logo após este relato, já no capítulo 12, a narrativa bíblica enfoca a ordenança de Deus a Abraão: "Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei." v.1


Para que Abrãao herdasse a promessa, seu pai teve de morrer. A voz de Deus só foi ouvida por Abrãao quando seu pai Tera faleceu. A ordem era expressa: deixar Harã, o lugar onde habitava. Abraão poderia ter preferido ficar por ali mesmo, já que havia se tornado um homem de muitas riquezas. Se tivesse optado por isso, nao teria, talvez enfrentado os maiores desafios da sua vida. Teria vivido seus dias, sossegadamente e, ali em Harã acumulado riquezas. Teria se tornado, certamente um homem próspero e respeitado por aquelas bandas. No entanto, a terra onde vivia era um lugar de idolatrias e Abrãao necessitava deixar tudo aquilo, até mesmo a comodidade de seu lar, para ir ao alcance da promessa divina.

Tera havia morrido. Seu velho pai já não existia e Abrãao soube então que o seu tempo em Harã havia terminado. Era hora de ir. Deixar para trás seus parentes, amigos. Ir?? Para onde, meu Deus? Tantas incertezas talvez rondassem o coração de Abrãao... mas ele não se deixou intimidar por nenhuma delas. Tera já não estava ali. E o lugar de Abrãao também já não era mais ali... Arrumou suas coisas, chamou Sara e levou consigo Ló, seu sobrinho...
Ao escolher sair de Harã, do meio de sua parentela, Abrãao teve seu nome reconhecido por todas as gerações seguintes. Foi feito "pai de multidões...

Adiante, no capítulo 13, as Escrituras nos apontam o que talvez tenha sido uma precipitação de Abrãao... Levando Ló consigo, o patriarca arranjou problemas... Houve desavenças entre os empregados de Ló e de Abrãao... As coisas não estavam nada bem... Era hora de tomar uma providência. Abrãao precisava deixar Ló ir, do contrário, isto poderia vir a atrapalhar sua caminhada em direção a promessa. Talvez Abrãao tenha resistido a isto no inicio. Talvez ele achasse muito cruel ter de despedir seu sobrinho. Mas era preciso uma decisão. Abrãao precisava escolher ali entre Ló e a Promessa. Sabiamente, o patriarca optou pela última. Deixou ir Ló e ainda o deu a oportunidade de escolher a melhor região onde queria habitar. Muitas vezes achamos que estamos perdendo algo, chegamos a questionar ou zangar com Deus. Mas Ele nos ensina todos os dias a deixarmos as velhas coisas (mesmo aquelas que nos parecem tão perfeitas!) para viver em novidade de vida...

Seguindo a narrativa bíblica, após o nascimento da promessa, traduzida em Isaac, vemos Abrãao outra vez envolto em dilemas sobre "deixar ir". Sara, sua esposa, havia arranjado-lhe um grande problema ao dar-lhe sua serva Agar como "mãe" de filho. Tentando "ajudar" Deus, Sara trouxe grandes complicações para o patriarca. Sara expulsa Agar com seu filho no ventre. O que tanto Abrãao, quanto Sara, talvez não soubessem é que as vezes Deus quer que sejamos sábios até mesmo quando precisamos despedir o que nos atrapalha em nossas vidas. Para que não aprofundemos as feridas em nós e nos outros...
 Deus manda Agar de volta. Era preciso um concerto. Deus quer que o patriarca aprenda a agir com sabedoria. Ismael nasce. Isaac, a promessa, também. As coisas começam a complicar-se. A promessa é ridicularizada por Ismael. Sara zanga-se. Agora, choramingando, Sara pede ao seu marido que "deixe ir" Agar e seu filho Ismael. Desta vez, porém, Abrãao não se precipita, antes vai pedir ajuda ao seu Deus:
  
"E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava.
E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho.
E pareceu esta palavra muito má aos olhos de Abraão, por causa de seu filho.
Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência.
Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua descendência.
Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba." Gn. 21.9-14


Era a hora de "deixar ir" Agar e Ismael. Talvez as lágrimas possam ter rolado no rosto do velho Abrãao. Seu filho Ismael estava partindo e ele nada podia fazer para impedir isto. Era uma ordem de Deus: deixar partir aquilo ou aquele que trazia problemas dentro do seu lar, que impedia que a promessa crescesse. Era preciso "deixar ir" ainda que fosse doloroso...

Tera teve de morrer para que Abrãao ouvisse a voz de Deus lhe fazendo a promessa: 
"Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei." Gn. 12-1

teve de partir para que a promessa fosse mais uma vez lembrada ao patriarca. Para que saísse do lugar que lhe parecia tão cômodo:

"E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente;
Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre.
E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência será contada.
Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei.
E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao SENHOR" Gn. 13. 14-18

Abrãao teve de despedir Agar e seu filho para que a promessa crescesse, para que, em Isaque, se cumprissem os planos de Deus. Teve de, literalmente, levantar acampamento. Sair do lugar comum, da zona de conforto.


Assim somos nós. Assim sou e você. Se queremos o novo de Deus, temos de deixar o que já está desgastado em nossas vidas. Ninguém de nós poderá herdar as coisas mais excelentes, tanto nesta vida quanto no porvir, se não estivermos disposto a deixar o que nos embaraça. Como diria Paulo, "ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida" II Tm 2.4. É preciso deixar ir o que nos impede de correr  "a carreira que nos foi proposta" Hb 12.1


Que a síndrome da mulher de Ló não nos alcance. Aquela que, ao olhar para trás, tornou-se em estátua de sal (Gn 19.26). Olhou para trás talvez, relembrando os bons momentos em que viveu na cidade. Olhou para trás talvez, pensando no conforto do lar que havia deixado. O lar onde suas filhas haviam crescido, onde sua família viveu tantos momentos alegres. Olhou para trás talvez, relembrando as muitas festas em que participou nas casas de Sodoma e Gomorra. Lembrou de suas amigas, das risadas. Olhou para trás talvez, pensando que NUNCA mais poderia ter uma vida como aquela. NUNCA mais poderia encontrar uma cidade como aquela. Ficou olhando para trás, talvez por um longo tempo, a remoer as lembranças ali vividas. Sentia-se incapaz de recomeçar. Esqueceu do Deus que faz nova todas as coisas. Perdeu-se nas lembranças de Sodoma e Gomorra a ponto de não perceber seus pés endurecendo. Suas mãos, cabeça e pescoço enrijecendo-se por algo estranho. Era o sal tomando conta de seu corpo e o tornando estátua. Já não havia tempo de deixar ir as lembranças, os embaraços... 
Se nós queremos seguir a Cristo temos de negar nossas vontades, temos de deixá-las ir até que em nós se cumpra a Vontade Dele. Isto é realmente difícil. Eu diria que é algo profundamente doloroso. Não é algo que ocorre num estalar de dedos, vimos isto na trajetória de Abrãao. Vimos seus erros e seus dilemas, até aprender a "deixar ir" o que impedia o agir divino. É um aprendizado árduo, contudo temos um Bom Mestre. Ele nos ensina nas entrelinhas das Escrituras: " se quisermos herdar a promessa temos de deixar ir o que a impede de cumprir-se em nós!"






Ontem a noite Deus me convidou a "deitar fora", a "deixar ir", a "sepultar" o que me embaraça. E hoje, ao levantar-me, ouvi outra vez sua voz me convidando a PENSAR ALTO. A BUSCAR e PENSAR as coisas que são de cima. Chamou-me a livrar-se do peso que me impede de caminhar. Ordenou-me a fazer morrer em mim as vontades da carne para andar no espírito. 
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." II Co 5.17

Ruthi Lima
20/02/11

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Deus de misericórdias...

Ajoelhei-me a orar. Na verdade não estava certa de que ia conseguir orar. Lágrimas teimosas rolavam em minha face. Não me sentia em condições de estar diante de um Deus tão poderoso. Tudo o que conseguia dizer era: "não sou digna!", enquanto as lágrimas gotejavam o chão. O pecado tem isto: ele nos faz sentir incapazes da graça e da misericórdia do nosso Deus. Ele tem como algoz o Inimigo de nossas almas, que, aproveitando-se de nossas quedas, de nossos embaraços, nos aponta e grita na face os nossos erros. Daí nos sentimos indignos de achegar-se a Deus, porque o pecado nos separa Dele...
Levantei-me do chão, ainda chorando. Abri as Escrituras, as palavras escorreram como um rio adentrando a sequidão da minha alma:

"[Salmo de Davi] Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.
Ele é o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades,
Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia,
Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.
O SENHOR faz justiça e juízo a todos os oprimidos.
Fez conhecidos os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel.
Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade.
Não reprovará perpetuamente, nem para sempre reterá a sua ira.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniqüidades.
Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.
Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.
Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce.
Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.
Mas a misericórdia do SENHOR é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;
Sobre aqueles que guardam a sua aliança, e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprir.
O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.
Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, vós que excedeis em força, que guardais os seus mandamentos, obedecendo à voz da sua palavra.
Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais o seu beneplácito.
Bendizei ao SENHOR, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio; bendize, ó minha alma, ao SENHOR." Salmos 103

O pecado nos afasta de Deus. Mas a Graça, traduzida na Cruz, nos reaproxima, nos reconcilia com Ele por meio de Jesus Cristo. O pecado nos encurva. Mas a misericórdia nos levanta. O pecado nos acusa. Mas a Graça nos absolve. O pecado nos mergulha na escuridão. Mas a Graça nos chama para a luz. E mesmo sujos, feridos, envergonhados nos aproximamos do Pai, por meio da Graça e dizemos: "Não somos dignos, mas as Tuas misericórdias não nos deixa consumir quando nos aproximamos da Tua santidade. Um preço alto foi pago por isto. Um precioso sangue foi derramado para que pudéssemos evocar o direito de estar aqui. E em que outro lugar encontraríamos misericórdia senão na Tua presença? Deixe nos ficar aqui, porque este é o lugar destinado a todos que buscam por Ti a tempo de se poder achar..."

Ruthi de Lima
fev/2011





domingo, 13 de fevereiro de 2011

Regresso...

Eu lembro agora da parábola do Filho Pródigo. Dentre as que Cristo contou, uma das mais belas. Vejo o filho saindo de casa. Vejo o Pai na porta de casa, as lágrimas nos olhos, vendo seu filho tão amado indo embora. Vejo o filho partindo sem ao menos olhar para trás. Sua "auto suficiência" lhe impulsiona. Sua vontade de conhecer o mundo e suas belezas o faz caminhar mais apressadamente até desaparecer por completo na estrada.


Vejo o Pai soluçando baixinho. Ouço o filho mais velho a lhe dizer: "deixe-o meu Pai, é mesmo um ingrato!". Vejo o Pai abanando a cabeça como não concordando com a atitude do filho mais velho. Vejo os novos "amigos" que o filho pródigo arranjou pelos lugares em que passou. Vejo as noites gastas em prazeres e vontades. Vejo a herança desperdiçada nas rodas dos escarnecedores. Vejo seu sorriso de satisfação a cada elogio dos novos amigos. As belas palavras o encantam e abafam a cada dia os conselhos aprendidos na Casa do Pai. Ele agora está conectado em um novo mundo. Um mundo de prazer, de sensualidade, de mentiras, de falsos amigos, de traições, de pornografias, de sexo ilícito. Mas ele está surdo pelo som da música das festas. É incapaz de ouvir a voz do Pai ressoando em sua consciência: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há...". Ouço a música cessar, vejo amigos saindo pelas portas, ouço o tirintar da derradeira moeda. Vejo o filho caminhando em direção a um bando de porcos. Eu não consigo diferenciar bem quem é quem. Suas roupas estão sujas agora. Ele está faminto e pede que lhe dêem da comida dos porcos.

Ouço soluços, vejo lágrimas. Lágrimas de um filho que se lembrou de uma mesa farta. Lágrimas de um filho que se lembrou de um colo, de um afago em sua cabeça sempre que se sentia triste. Vejo o filho se mover. Vejo-o levantando-se e tomando o rumo da Casa do Pai. Pobre filho! Ele não sabia quão amarga seria a volta. Não sabia das coisas que iria encontrar pela estrada. Quantos montes teve de escalar, quantos rios teve de atravessar. Foi escarnecido pelos "amigos" quando bateu em suas portas pedindo água e pão para a viagem. Foi abandonado por todos eles quando disse que já não havia herança e que ia voltar para a Casa do Pai. Não encontrou lugar para repousar à noite, nem mesa para assentar-se durante o dia. Teve de caminhar sozinho por muito tempo. Sentia-se perdido. Esquecera a estrada que levava de volta para o Pai. Muitas vezes pensou em desistir. Parou. Chorou. Achou que não era mais digno de ser chamado filho. Ouviu vozes que o convidavam a voltar atrás. Até que um dia, cansado de andar, encostou-se à sombra de uma árvore. O sol declinava no horizonte. Sentiu as lágrimas cegarem seu rosto. A dor do pecado ainda lhe torturava a alma. Até que levantou seus olhos.


Viu uma montanha fria e sombria. No alto da montanha uma cruz. Pendurado na cruz, um homem. Vertia sangue nas mãos e pés. Espinhos pontiagudos lhe perfuravam o crânio. Ouvia o agonizar, mas não entendia bem. Aproximou-se no exato momento em que o Homem dizia: "Está consumado!". Vi o filho prostrar-se aos pés da cruz e chorar copiosamente. Havia encontrado o Caminho de volta. Tudo o que ele havia tentado fazer a fim de voltar para o Pai, já havia sido feito por aquele Homem. Não precisava lutar sozinho, não precisava pagar penitências. Não precisava viver o peso da culpa. Tudo o que precisava era levantar-se e caminhar. E foi exatamente isto que vi o filho fazer. Depois de três dias de caminhada avistou o portão da velha fazenda de seu Pai. E qual não foi sua surpresa ao ver o Pai correndo ao seu encontro e envolvendo-o em um abraço tão amoroso que tudo o que lhe restou foi deixar-se abraçar e sentir outra vez o calor de seu Pai.


Ruthi Lima/ outubro 2010.

Publicado originalmente em "conectadosemcristo".

Elias e eu...

Gosto da história de Elias. Homem, aliás, de história praticamente desconhecida. Sabe-se pouco de Elias. Ele aparece como que de repente nos escritos bíblicos e é de repente também, podemos assim dizer, a sua partida. Elias, "semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos", como escreveu Tiago em sua carta. Acho que por isso gosto da história de Elias. Porque era um ser humano como eu, como nós. Não era um super herói, não era um homem-deus. Elias cometia erros, sentia medo, acovardava-se, entristecia-se. Elias sofreu depressão, apesar de ser um grande profeta, um dos maiores dos tempos bíblicos. Já ouvi muitos pregadores interpretando mal os sentimentos de Elias. Já ouvi sermões escarnecendo das dores daquele homem, zombando de sua fuga para o deserto. Ouve um tempo em que cheguei a pensar como eles. Escarneci de Elias. Zombei de sua covardia. Até que me vi presa em uma caverna também. Até que me senti só como Elias se sentiu. Até que senti como se Deus estivesse esquecido de mim. Daí então compreendi a dor daquele homem e chorei. Chorei a minha solidão, chorei a sequidão, chorei o deserto da minha alma, chorei meus pecados, chorei minha covardia, chorei minha descrença em Deus. E em meio a escuridão da caverna, reclamei com Deus tal como Elias. Cheguei a sentir raiva, confesso! Achava injusto as coisas que sofria! Não reconheci minhas culpas. Não sujeitei-me a ouvir o que Ele queria me dizer porque estava presa nas minhas próprias argumentações, nos meus próprios desejos. Até que houve um vento. Vento forte. Despedaçou os planos que construí com minhas próprias mãos sem consultar o Senhor. Todas as minhas teses ruíram como um castelo de areia. Depois do vento, um terremoto. Sacudiu-me de tal modo que lancei abaixo as teorias sobre meu passado, meu presente e meu futuro. Depois do terremoto, um fogo: foi queimada como palha a minha justiça própria, tornou-se um montão de cinzas. Caí ao chão da caverna e chorei. Chorei sob as cinzas, chorei sob os escombros. Chorei sob o pecado, chorei sob a culpa. Até que senti uma brisa a me tocar o rosto. Ouvi uma voz. Levantei o rosto a procurar e, em meio as lágrimas, ouvi o Senhor. Sua voz não era irada, não me fazia sentir medo. Apenas calmaria, como a de um filho que ouve a voz do Pai que a muito não ouvia. Uma voz poderosa, majestosa, mas extremamente doce, suave como do Pai que tenta aquietar o filho diante do desespero. Eu ouvi repreensão em sua voz, confesso. Mas repreendeu-me com tanta amorosidade que tudo o que pude fazer foi levantar-me, tatear as paredes escuras da caverna e, ao avistar Sua Luz brilhando lá fora, sair em direção a nova vida que Ele me oferecia. E, como Elias, saí mais forte do que antes. Se entrei ali cabisbaixa, triste, sozinha, desejando apenas a morte e esperando por ela todos os dias, ao sair, senti o Senhor me impulsionando a fazer coisas que nunca pensei ser capaz de fazer. Saí para desafiar o princípe deste mundo. Saí para ajudar outros a encontrarem o Caminho de volta para Casa do Pai. Saí para ser diferente, como Elias foi. Diferente porque orou. Diferente porque creu. Diferente porque ousou. Diferente porque agiu. Apesar das limitações humanas, e por causa delas, Elias aprendeu a confiar na provisão do Senhor. Aprendamos nós também a lição que Elias aprendeu.


Texto base: II Reis 19/ Carta de Tiago 5. 17-18

Ruthi Lima
Primavera de 2010.

Meu Sol, meu Rei...


O Sol está lá fora
Me convidando para abrir as janelas, as portas.
Faz muito tempo que me chamas
Mas eu não tenho forças
Para levantar, saltar da cama.

Sol da Justiça
Aqueça a minha alma, minha mente, meu coração.
Aqueça na frieza, aqueza na dor, na solidão.

O Rei está lá fora
Me convidando para abrir as janelas, as portas.

Faz muito tempo que me chamas
Mas eu não tenho forças
Para levantar, saltar da cama.

Abro as janelas e as portas
Para que entre o Rei da Glória.
Quem é este o Rei da Glória?
É o Senhor, forte e poderoso nas batalhas.

Sol da Justiça, Rei da Glória, aqueça-me!

Ruthi Lima/ inverno de 2010
Publicado originalmente em "conectadoscomcristo".


Meu Resgatador...


Na morte, encontrei vida.
No pecado, encontrei graça.
Na enfermidade, encontrei saúde.
No desespero, encontrei saída.
Na desilusão, encontrei esperança.
Na solidão, encontrei companhia sincera.
No choro, encontrei alegria real.
No erro, encontrei o acerto.

Somente,
Quando me despi de meu orgulho,
Quando confessei minhas culpas,
Quando destronei os deuses que reinavam em mim,
Quando reconheci minhas fraquezas,
Quando liberei perdão,
Quando reconheci que nada além de Teu Sangue e de Tua Palavra podiam fazer estas coisas por mim.

Quando me perdi, tu me achaste outra vez.
Limpaste minhas feridas.
Ungiste meu coração, minha alma, minhas emoções.
Ensinou-me que os que de Ti são nascidos não podem viver em pecados
porque correm o risco de morrerem para sempre.
E eu desejo viver a cada dia a vida que Tu tens para mim.
Vida abundante, tal qual um manancial que nunca secará.

Ruthi Lima/ inverno 2010
Publicado originalmente em "conectadoscomcristo".

O Caminho de Volta...


Detive-me tantas vezes.
Parei para me divertir.
Bebi águas de cisternas rotas.
Dei ouvido a palavras vãs e falei tantas coisas vergonhosas.
Dei vazão aos desejos de minha carne.
Para preencher lacunas, cavei poços secos.
Abri meu coração para pessoas erradas.
Deitei meus sonhos aos pés de estranhos.
Sentia vontade de preencher um vazio.
Vazio de alma. Vazio de coração.
Solidão profunda, constante, dolorosa.
Afoguei-me em um pântano de desilusões.
Prostrei diante de deuses estranhos.
Eram momentos, apenas isso. Mas se tornaram uma eternidade pra mim.
Quase me fizeram perecer na eternidade. Eternidade sem ti.
Até que descobri que pessoas não iam sarar-me.
Discursos de auto ajuda não iam aquietar a minha dor.
Estar com uma, duas ou três pessoas poderia parecer estar garantido de companhia.
Grande engano! Vou estar sempre só, mesmo cercada de uma multidão, se estiver longe de Ti.
E isto eu me recuso! Terminantemente.
Ainda que tenha que voltar tantas vezes, fazer todo o caminho de volta,
Eu desejo sempre retomar o Caminho de volta.
E este trajeto, necessariamente, passa por Ti.
Porque Tu és o Caminho.
O resto?
O resto são apenas atalhos.

Ruthi Lima/ inverno de 2010
Publicado originalmente em "conectadoscomcristo".

Do caos a calmaria...

Deus,
Eu queria um mundo menos caótico em mim.
Aliás, como no principio,
Eu desejo que Teu Espírito mova-se em mim,
Mova-se por mim,
Mova-se para mim.
Como no princípio, eu desejo que restaures o que agora é caos em mim.
Quando Teu Espírito pairava em mim.
Quando habitavas sossegadamente mas, sobretudo, poderosamente.
Deus,
Eu queria não os tempos de outrora,
Mas um tempo novo.
Um tempo de avivar as chamas do meu coração que é só Teu.
Um tempo de não desperdiçar o tempo,
Mas fazê-lo um ganho no grangear dos talentos que me deste.
Deus,
Eu queria não aquela casa primeira,
Mas uma nova casa.
Totalmente adornada pela pureza que há em Teus Olhos,
Pela Santidade que habita Tua essência.
Deus,
Eu queria reencontrar-Te onde me ausentei de Ti.
Queria recomeçar o que não terminei para Ti,
Retomar o Caminho que me levava ao Teu Altar...
Ah, o altar Deus!! Sim, o altar está danificado,
Gasto pelo tempo, pelas ambições e desejos da minha alma.
Eu tento adorar nele, mas não sinto Tua Presença...
Tua Doce e Santa Presença...
Eu quero reconstruí-lo, mas não tenho forças, Deus!
Ajuda-me!
Eu não quero viver de glórias passadas,
Eu quero um novo tempo, Deus.
Tempo de viver o que tens pra mim,
Sem medo,
Sem culpa,
Sem dor,
Sem vazio,
Porque em Ti encerra tudo o que meu coração necessita.

Ruth/julho/2010
Publicado originalmente em "conectadoscomcristo".

Pela fé...

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem.” Hebreus 11.1

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11.6

A fé ultrapassa a razão humana. Mas a fé não é imaginação, pensamento positivo ou coisa do gênero. A fé para o mundo é loucura. A fé para aqueles que a possuem é o poder de Deus. Não precisamos ver para crer porque a fé se move pelo invisível. Talvez por isso seja um ato de loucura para muitos pois ter fé é crer quando as coisas ainda não aconteceram, é tomar posse do que ainda não se tem, é ver o que ainda não é visível. Quando Abraão, ainda Abrão, deixou sua cidade natal, Ur dos Caldeus, cidade próspera, e saiu sem saber para onde estava indo teve seu nome escrito na galeria dos Heróis da Fé não apenas porque deixou a comodidade de seu lar e saiu vagueando pelo deserto, mas sobretudo porque creu sem ver, tomou posse de uma terra desconhecida através da fé. Abraão não disse: "Está bem Deus! Eu vou para onde queres que eu vá, mas ao menos me dê um mapa, um cartão postal do lugar, para que eu veja se ela realmente mana leite e mel." Não! O Pai da fé simplesmente arrumou suas malas, chamou Sara e talvez tenha dito: "Vamos querida, temos um longo caminho pela frente, mas Deus estará conosco."
Os milagres que Jesus operou enquanto esteve entre nós sempre tiveram como ponto de partida, a fé. Vemos Jesus, muitas vezes ,repreendendo a multidão e seus discípulos pela falta de fé. Mas o vemos também encorajando e exaltando a fé de muitos.
Pela fé Abraão, Noé, Abel, Moisés, Jacó, os profetas, os apóstolos venceram. Pela fé nós também vencemos. E não precisamos ter uma fé como a de Abraão ou de nenhum daqueles homens do passado. Jesus não nos pediu tanto. Basta-nos uma fé do tamanho de um grão de mostarda. Basta-nos uma fé capaz de agradar e mover o coração de Deus. Uma fé como a da mulher cananéia, permeada de humildade (para que a excelência do poder seja de Deus!). Fé que não se ressentia em receber migalhas da mesa de seu Senhor porque sabia que elas eram muito mais saudáveis do que os manjares do rei. Fé como a do cego Bartimeu que não se intimida diante da multidão. Fé como a dos amigos do paralítico que não mede esforços, que sobe no telhado, que faz descer o enfermo diante de Cristo. Fé que não teme mesmo quando vê Jesus dormindo no barco. Fé como a de Elias, que como diz o escritor, tinha as mesmas paixões que nós, MAS orou...
A fé não é adquirida ou acrescentada quando cantamos belas músicas, fazemos orações com palavras rebuscadas, participamos ativamente de campanhas. Há um segredo para se ter fé. E, para nossa sorte, Deus não fez questão de escondê-lo. Um segredo revelado para aqueles que o temem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." Romanos 10.17. Somente ouvindo e meditando na Palavra de Deus podemos ter fé. Talvez por isso tanta comichão em nossos ouvidos para não ouvirmos a Santa Palavra. Talvez por isso tantos empecilhos para não meditarmos na Lei do Senhor. O Inimigo sabe o quanto nossa fé virá como um bombardeio contra seu império, mesmo pequenina como um grão. Ele sabe quanta devastação esse pequenino grão faz em seu reino.
A fé, sobretudo me faz recordar que a esperança não está acabada. A fé me lembra que o mesmo Deus que operou no passado também continua a operar em nossos dias. É uma questão de fé. Os sinais nos seguirão se tivermos fé. Não correremos atrás dos milagres porque eles nos seguirão.
Pela fé declaramos que as montanhas de dificuldades, de impossibilidades se lancem nas profundezas do mar e elas nos obedecem. Pela fé nos movemos mesmo quando estamos atados. Pela fé saímos do sepulcro quando ouvimos uma ordem do Amigo. Pela fé profetizamos sob um amontoado de ossos e vemos surgir um exército. Pela fé tocamos na orla do vestido. Pela fé andamos sobre as águas. Pela fé lançamos a rede mesmo quando já estamos pescando a noite toda. Pela fé geramos sonhos mesmo na contra esperança. Pela fé vemos o impossível se tornar possível diante de nossos olhos porque depositamos nossa fé no Único Deus em cujo dicionário NÃO consta a palavra impossível."Porque para Deus não haverá impossível." Lucas 1.37

Ruthi Lima.
Publicado originalmente em "conectadoscomcristo"/dez09.

Um domingo no templo.

Domingo, dezenove horas. Instrumentos são afinados, alguns irmãos e irmãs conversam sentados no banco, outros na entrada do templo. Dezenove e vinte... dezenove e trinta... Algumas irmãs parecem esquecer que estão em um templo e desfilam,literalmente, pelo corredor central... Umas moças reparam e cochicham.. É domingo, mas o povo de Deus está atrasado... Porque é que a gente se acostumou a chegar tão tarde? Priorizamos tantas coisas e negligenciamos as mais necessárias... "Buscai primeiro..." O pastor inicia o culto enquanto os retardatários vão chegando. Louvores, leitura introdutória (gente esperando lá fora!), mais louvores, Ministério de Louvor, Departamento X, Y e Z... Grupo de Dança, Pequena Peça Teatral "Mãos Vazias". Vinte e uma hora e trinta minutos... Pastor: "Irmãos, vamos para a hora MAIS importante do culto."... Oração... Uma fila indo ao banheiro, outra para a cantina... Pregador: "A paz do Senhor, amada igreja. Prometo não demorar muito, já ouvimos o suficiente hoje.!"... Igreja: "Amém!"


Assim são nossos cultos. Cultos ou rituais? Apenas duas horas (pelo menos em tese!) de culto e as gastamos muito mais para satisfazer nossas necessidades emocionais do que propriamente para adorar a Deus. Amo música, ministração, danças, mas penso no quanto nossos cultos estão se tornando meros encontros para demonstrarmos nossas habilidades artísticas... Tantas coisas têm tomado o tempo da ministração da Palavra de Deus. Tantos artifícios têm sido usados, talvez bem intencionados mas não necessários, para "ajudar" o agir do Espírito Santo. Deus não precisa de artifícios humanos para sua ações. Já dizia o escritor: "a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus." É pela fé, não por danças, louvores, teatros. É pela fé que Deus opera. É pela fé que enfermidades são curadas. O Inimigo não teme nossas festas, nossas danças, nossas celebrações. É pela fé que o Inimigo recua. É pela fé que a Igreja avança. É pela fé que os incrédulos se achegam a Deus. Que haja cantos, danças, mas que haja sobretudo fé, que haja desejo ardente de crer e buscar o conhecimento pela Palavra. Que haja compromisso entre nós com as coisas de Deus, com o culto que prestamos a Deus e que nossa adoração, sobretudo não se resuma as paredes de nosso templos, nem aos domingos, dias festivos ou de campanhas de sete dias.

Ruthi Lima.
Postado originalmente em "conectadoscomcristo"/ dez09.
imagem: http://hlhajaluz.blogspot.

E vós, quem dizeis que eu sou?

Quando era criança ouvia muitas coisas sobre Deus. Cresci no meio evangélico então via Deus sendo descrito de muitas e variadas formas. Quando queriam que me comportasse diziam: "Não faça isso, Deus está vendo!". Quando queriam me consolar diziam: "Não se preocupe, Deus vai te ajudar". Então criei imagens de Deus. Ora parecia um carrasco, ora um velhinho bondoso. É assim ainda hoje. Vejo muitas pessoas criando imagens de Deus à sua semelhança (quando a Bíblia nos diz exatamente o contrário!). Os defensores da Teologia da Prosperidade, por exemplo, pintam Deus como uma espécie de Presidente do Banco Central Celestial. Os cultos se transformaram em balcões de oportunidades, em feiras de carro zero km e/ou casa própria. Deus tornou-se uma espécie de patrão afortunado que recompensa os empregados com toda sorte de bens.
Há os que transformam Deus em um juiz implacável, pronto a chicotear os servos infiéis, a condená-los com toda sorte de males se estes se tornarem desobedientes as leis impostas (não pelo próprio Deus mas por homens que nem ao menos podem carregar os fardos que eles mesmos lançam sob o povo!).
Eu cresci. Não sou mais uma criança. A imagem de Deus como um carrasco ou como um bom velhinho de barbas brancas e longas já não me satisfazem mais. Aprendi que as imagens que criamos de Deus correspondem as nossas necessidades muitas vezes mesquinhas. Aprendi, sobretudo que Deus não se molda a padrões de estética ou valores humanos. Embora tenha se tornado como um de nós, Ele se destacou simplesmente porque É Deus. E Deus não pode se ajustar ao que nós queremos que Ele seja. Ele É, e pronto! Ele é Senhor! Ele é Salvador! Muitas e tantas vezes os pregadores da prosperidade esquecem de contar ao povo que Deus não quer apenas abençoá-los com riquezas materiais. Isto, embora seja prazeroso para Ele, NÃO é a sua prioridade. Deus quer que desejemos e alcancemos coisas mais excelentes: as coisas que são do alto. Mas às vezes estamos tão apegados as coisas deste mundo que perdemos a visão das coisas celestiais. Perdemos mais: perdemos o contato com Deus. Perdemos o contato com o Deus que é Senhor, porque não queremos nos submeter aos seus mandamentos. Perdemos o contato com o Deus que é Salvador, porque não estamos muito preocupados com coisas relacionadas a salvação.
Não sou mais criança. Mais aprendi que Deus é um Pai Amoroso, que se compadece de seus filhos. Agora eu cresci, mas na caminhada com Deus tenho aprendido que Ele é Senhor dos céus, da terra, de todas as coisas, inclusive da minha vida, de meus planos, de meus sonhos. Enquantos muitos dizem Dele tantas coisas sem dizer quem de fato Ele é, quero declarar como Pedro: Tu és o Cristo! Sim! Tu és, o Filho de Deus, o Amado Salvador, o único Salvador e Senhor!!

Textos para referência:
"E saiu Jesus e os seus discípulos para as aladeias de Cesaréia de Felipe; e, no caminho, perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?
E eles responderam: João Batista; e outros, Elias; mas outros, um dos profetas.
E ele lhes disse: Mas vós quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo." Marcos 8. 27-29
"...Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.João 4.42
"Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador." Isaías 43.11
"...Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;
Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas." Mateus 6.32,33

Ruthi Lima.  Publicado originalmente em "conectadoscomcristo"/ dez/09